Arqueólogos da Ufam retiram urna funerária de dois mil anos de sítio arqueológico
A urna foi levada para o laboratório de Arqueologia da Ufam, onde passará por trabalhos de remontagem de uma delas.
Uma equipe de arqueólogos da  Universidade Federal do Amazonas (Ufam) retirou na quarta-feira (12) a  urna funerária pré-colombiana encontrada no início deste mês em um  terreno particular do conjunto Atílio Andreazza, bairro Japiim, zona Sul  de Manaus.
A exumação (nome técnico  para este tipo de ação) da urna foi feita por quatro arqueólogos e durou  cerca de nove horas. A urna foi levada para o laboratório de  Arqueologia da Ufam, onde passará por trabalhos de remontagem de uma  delas.
O artefato encontrado, na  realidade, é composto por dois objetos sobrepostos. Segundo  o  arqueólogo Carlos Augusto Silva, era deste modo que as populações  nativas que moravam em Manaus antes da chegada do colonizador europeu  enterravam  seus mortos.
Silva contou que a urna externa está mais danificada, mas será remontada. A urna interna continua preservada.
Silva contou que a urna externa está mais danificada, mas será remontada. A urna interna continua preservada.
O  sítio arqueológico do conjunto Atílio Andreazza é um dos inúmeros  existentes em Manaus. Ele está na categoria de “sítio-cemitério” porque  aquele local, muitos séculos atrás, foi utilizado para enterrar os  mortos em rituais que incluíam a calcinação dos ossos - daí o fato  destes órgãos ficarem sempre fragmentados.
O  local tem outras urnas funerárias,  mas é possível ver apenas a sua  circunferência. A estimativa de data do  sítio é de dois mil anos.
O achado  da urna funerária esteve às voltas de uma polêmica. É que, segundo  informações do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional  (Iphan), os restos mortais que estavam dentro do objeto teriam sido  levados por funcionários do Instituto Médico Legal (IML) sem autorização  do órgão federal. O IML negou que teria feito isto.
A   capital amazonense possui outro sítio-cemitério famoso, localizado no   bairro Nova Cidade, na zona Norte.
No entanto, o sítio foi soterrado em função das obras do conjunto, há mais de 10 anos. Somente uma área do local foi preservada, depois de pressão do Ministério Público Federal e do Iphan, que realizou a salvaguarda de alguns artefatos.
No entanto, o sítio foi soterrado em função das obras do conjunto, há mais de 10 anos. Somente uma área do local foi preservada, depois de pressão do Ministério Público Federal e do Iphan, que realizou a salvaguarda de alguns artefatos.
Fonte: A Crítica 








