Casal acha restos de pombo espião e mensagem cifrada da 2ª Guerra

Restos do pombo-correio espião foram achados em chaminé no condado de Surrey, na Inglaterra


Um casal britânico encontrou em sua chaminé os restos de um pombo correio que foi usado durante a Segunda Guerra Mundial para transportar mensagens secretas.


David Martin, da pequena cidade de Blethingley, no sudeste da Inglaterra, estava limpando sua chaminé, quando encontrou o resto da pata de um pombo.


"Eu estava tirando lixo e mais lixo da chaminé, quando começaram a surgir diversos ossos de pombos", disse Martin à BBC.


"Depois de enchermos algumas sacolas de lixo, finalmente surgiu um osso com uma cápsula vermelha acoplada, e com uma mensagem dentro. É inacreditável."


A esposa de David, Ann, diz que a sensação era como se o casal tivesse "ganhado um presente de Natal".

Código secreto

 

Durante a Segunda Guerra, o SOE – departamento de espionagem do governo britânico – usou mais de 250 mil pombos correios, já que eles eram vistos como o método mais eficiente e seguro de transmissão de mensagens.


Cada pombo portava também um número de registro, mas no caso dos restos achados por David nenhum número foi achado. Mas a cápsula vermelha do tamanho de um cigarro é exatamente a mesma usada pelo SOE durante a guerra.


 Mensagem secreta ainda não foi decifrada pelos especialistas


A mensagem achada na cápsula está cifrada. Há apenas 27 sequências de cinco letras escritas a mão, como "HYPKD" e "DJHFP" e uma assinatura: "Sargento W. Stot".


Uma associação britânica dedicada à proteção de pombos especula que o animal talvez tenha se perdido no trajeto, devido ao mau tempo, ou cansado da longa viagem pelo Canal da Mancha.


Especialistas acreditam que o pombo estava a caminho de Bletchley Park, a cerca de 130 km da casa de David Martin, onde havia uma base especial de operações da SOE. O ponto de partida teria sido a França, no ano de 1944. Eles tentaram decifrar as mensagens, mas não conseguiram.


A mensagem foi repassada a uma base de comunicação mais moderna, em Cheltenham, onde outros analistas tentarão novamente decifrar o código.




Fonte: BBC