Radar da Nasa descobre gelo no polo norte da Lua

Em Washington 02/03/2010

O radar indicou mais de 40 pequenas crateras de 1,6 a 15 quilômetros (indicadas em verde)

O radar indicou mais de 40 pequenas crateras de 1,6 a 15 quilômetros (indicadas em verde)

Um radar norte-americano lançado em um foguete indiano detectou crateras cheias de gelo no polo norte da Lua, indicaram cientistas da Nasa.

O radar Mini-SAR da agência espacial norte-americana indicou mais de 40 pequenas crateras de 1,6 a 15 quilômetros, todas cheias de gelo.

"Embora o total de gelo dependa de sua espessura em cada cratera, estima-se que poderá haver pelo menos 600 milhões de toneladas métricas de água congelada", indicou a Nasa em um comunicado.

A descoberta ocorre poucas semanas depois de o presidente Barack Obama ter frustrado as ambições dos Estados Unidos de retornarem com astronautas à Lua.

A descoberta "mostra que a Lua é um destino mais interessante e atraente no aspecto científico, operacional e de exploração do que as pessoas pensavam anteriormente", indicou Paul Spudis, principal pesquisador do experimento Mini-SAR no Lunar and Planetary Institute de Houston, Texas (sul).

O Mini-SAR passou o último ano mapeando as crateras lunares que estão permanentemente na sombra e que não são visíveis da Terra, usando as propriedades de polarização das ondas de rádio.

As descobertas do radar, que serão divulgadas no jornal Geophysical Research Letters, seguem as descobertas de outros instrumentos da Nasa e se somam às informações científicas sobre as diversas formas de água encontradas na Lua.

O Moon Mineralogy Mapper da Nasa, também a bordo do satélite indiano Chandrayaan-1, descobriu moléculas de água nos pólos da Lua, enquanto que o Lunar Crater Observation and Sensing Satellite (LCross) da Nasa detectou vapor de água.

Os cientistas indianos da missão Chandrayaan-1 -um satélite lançado em outubro de 2008 que deve orbitar dois anos ao redor da Lua- confirmaram as descobertas norte-americanas, após a análise das ondas luminosas captadas pelos instrumentos norte-americanos

Fonte: http://noticias.uol.com.br/ultnot/cienciaesaude